BEIJANDO PAREDES
Eu gosto de comprar livros e cds pela internet, acho mais confortável, posso ler e demorar quanto quiser escolhendo, sem ninguém ficar me perguntando se estou precisando de alguma coisa, o que eu responde com muita meiguice: - Pourra! Se eu precisar te chamo, cacete! Ta, não é bem assim que acontece, vai, ofereço um sorrisinho comportado e um delicado: - Por enquanto não, obrigada! Mas que é um saco... Ah isso é!
Estava eu no americanas.com, fuçando, quando me aparece uma janelinha de promoções (e pode parar de rir, não é só por que eu sou mulher, visse? Sou é curiosa, só isso... rs). Comecei a ver umas coisas bacanas, uns títulos interessantes, quando de repente me aparece esse BEIJANDO PAREDES. Que coisa, pensei, mais um perturbado que tem essa intima e afetiva ligação com elas. Eu beijava de mesmo, sabe? Meus primeiros namorados... Fiquei bestinha! Comprei!
Recebi ontem, peguei o livro, alisei a capa, dei um cheirinho nas páginas, sempre o mesmo ritual, acho que eu poderia escrever A CHEIRA LIVROS, é, quem sabe eu faça, um dia... Pelo cheiro, sinto se nos daremos bem. Ou então não, é apenas um jeito de dizer bem vindo, uma apresentação, talvez. E sabe o que eu senti? Vou te dizer...
Nada!
É... isso mesmo, nadinha! Eu olhei de novo, alisei mais um pouquinho, dei mais uns três cheirinhos, e... Nada! Deixei quieto. E o dia seguiu, cheio, muito cheio de trabalho e perrengues. A noite chegou sem lua, com muito cansaço e ainda uma infinidade de coisas pra fazer. Já passavam das 23:00hs, quando, finalmente, me espreguicei na cama, com meu copão de café com leite. E o verdinho lá, quietinho, aliás, as cores verde e amarelo da capa, com umas bolinhas nas laterais e mais a rusticidade do papel, me fizeram lembrar do sapo cururu, outra mania... dar nomes, sofro de síndrome de dinda(madrinha).
Comecei a ler e... Lascou! Atravessei a madrugada, além de não conseguir parar, fui até o final, voltei, reli alguns trechos que tinham usado o marca-gente, igual a gente usa o marca-texto. Achei muito bom, leve, divertido, poético, cheio de imagens, cores, cheiros, sabores, pessoas, mundo cotidiano... Que mistura MASSA!!! Que bagunça boa. Uma conversinha mansa, uma prosinha amena, de repente, chuva, angustia, briga, trovão! Parabéns, Breno Pessoa!
BEIJANDO PAREDES é Lindo!
Aceite. Qualquer outro sinônimo soaria falso
Belo é suave, ele vai além
Formoso é pomposo, acima do mal e do bem
Gracioso é simplório, fica tão aquém
Delicado é sim, cruel, forte, cotidiano, também
Lindo! Vindo, levantando, caindo
Amando, substituindo, consertando, partindo
Sonhando, sumindo, acordando, indo
O sapo(BP) lê a gente chorando, sorrindo!
E com a ajuda de um querido-confidente-companheiro de viagem cito: “Poesia não é a gente tentar em vão trepar pelas paredes, como se vê em tanto louco aí: poesia é trepar mesmo pelas paredes.” Mário Quintana
E salpicar alguns beijinhos, também...
Anne
2 Comentários:
Oi Anne,
tao bacana aquele seu comentario sobre o livro, fico grato! sao contos escritos quando eu tinha 22-26 anos e agora jah tenho 30 e os dedos se recusam a escrever.
Beijando Paredes foi um projeto que quase nasceu na Internet com o Boom da literatura virtual e dos blogs literarios. hoje ja sao poucos e desatualizados.
acho engracado voce comentar da capa, eu nem gosto nem deixo de gostar! enfim, acho que to sempre escrevendo um pouco mais e em breve deve pintar alguma novidade. acompanha o blog e fica por dentro.
nos falamos, beijo,
Breno.
Oi Breno. Que bom que gostou!
Não tem mais brincado com as palavras é? Que peninha... Quem manda ir ficando velhinho assim (morrendo de rir), um balziaquiano, tadinho... (rs) Deixa não, esse menino!!! Volta, volta logo pra bagunçar com as letrinhas, começa a mexer esses dedinhos novamente e leva a gente junto contigo, pra rir, chorar, sonhar, viajar, devanear...
Obrigada pela visita! Cheirinho
Anne
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